quinta-feira, dezembro 23, 2010

Do Arco da Velha

Os Mais Insólitos Vídeos de 2010

Em tempo de todos os balanços, aqui ficam alguns dos vídeos eleitos pela Revista Visão como os mais insólitos do ano.

O bebé que dá lições ao "papai"




O polícia que salva nas calmas um bêbado no Metro de Madrid




O analista financeiro apanhado a ver fotos de mulheres nuas



A lista completa aqui.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Cinemacção

Jogo Limpo ***



Valerie Plane (Naomi Watts), uma agente secreta da CIA, comanda uma investigação sobre a presença de armas de destruição maciça no Iraque. O seu marido, o diplomata Joe Wilson (Sean Penn), é levado para o interior da investigação numa tentativa de comprovar que Saddam Hussein comprava, a Níger, urânio para fins militares, algo que se veio a comprovar falso. Quando a Administração Bush ignora a sua investigação e entra em guerra, invadindo o Iraque, o diplomata escreve um artigo no "New York Times", em que acusa o governo de má-fé. Pouco depois, e como consequência dos actos do seu marido, a identidade de Valerie como agente secreta é revelada, ficando com toda a sua vida desacreditada. Assim, de um momento para o outro, uma mulher que tinha uma vida estável, perde toda a credibilidade. É este o mote para "Fair Game" ("Jogo Limpo"), o único filme norte-americano na competição pela Palma de Ouro no festival de Cannes deste ano.

E tal facto não surge por acaso. Este delicioso thriller político realizado por Doug Liman (que conhecemos de filmes como "Identidade Desconhecida", "Mr. & Mrs. Smith", "Jumper") impressiona sobretudo pelo seu lado humano, pela sua componente dramática, mas também pelas fabulosas e irrepreensíveis interpretações de Naomi Watts e Sean Penn, esta última particularmente genial na (re)criação de uma personagem complexa, sobretudo se pensarmos que lhe cabe a árdua missão de substituir a falada Nicole Kidman, “substituição” que em nada desilude, muito pelo contrário.

Uma história verídica muito bem transposta para o cinema (de uma forma algo inesperada) por um realizador como Doug Liman, que nos faz recuar até aos períodos conturbados de 2003 e coloca – com uma particular perspicácia – o dedo na ferida da política externa norte-americana nos tempos da administração Bush. Longe de ser tratar de um filme brilhante, trata-se de uma obra muito bem conseguida em termos cinematográficos, quer pela qualidade das interpretações quer pela notável forma como o enredo se encontra construído do primeiro ao último minuto. Cada personagem é brilhantemente trabalhada, cada sequência dramática do filme é freneticamente empolgante. Provavelmente, um dos melhores filmes do ano em termos de interpretação, afinal de contas aquilo que a sétima arte tem de mais valioso.

sábado, dezembro 04, 2010

Do Arco da Velha

quinta-feira, novembro 18, 2010

Verdes Anos

Então é Natal...



Então é natal
E o que você fez?
O ano termina
E nasce ou tra vez

Então é natal
A festa Cristã
Do velho e do novo
Do amor como um todo

Então, bom natal
E ano-novo também
Que seja feliz quem
Souber o que é o bem!

Então é natal
Pro enfermo e pro são
Pro rico e pro pobre
Num só coração

Então, bom natal
Pro branco e pro negro
Amarelo e vermelho
Pra paz, afinal

Então, bom natal
E ano-novo também
Que seja feliz quem
Souber o que é o bem

Então é natal
E o que a gente fez?
O ano termina
E começa outra vez

Então é natal
A festa Cristã
Do velho e do novo
Do amor como um todo

Então, bom natal
E ano-novo também
Que seja feliz quem
Souber o que é o bem

Aleluia a quem ama
Aleluia!

Então é natal
E o que você fez?
O ano termina
E nasce outra vez

Aleluia a quem ama
Aleluia!
Aleluia a quem ama
Aleluia!

Padre Marcelo Rossi

quarta-feira, novembro 03, 2010

Carpe Diem

Toscânia, uma verdadeira pizza quatro estações


Algures no centro de Itália, a Província da Toscânia constitui um autêntico banquete para os sentidos. De uma paleta de cores bem definida e difícil de descrever por palavras, podemos afirmar que poucas regiões no mundo verão tão bem marcadas as quatro estações do ano como a Toscânia. Por entre castelos e vinhedos a perder de vista – e que delicioso é o vinho que se faz por ali –, a magia reside precisamente na ímpar preservação de um património histórico e natural que nos faz regressar a um tempo que não é o nosso, mas passa a ser, uma vez que cada minuto por aquelas bandas nos dá um ano de vida, numa existência de redobrado prazer e deleite [aqui fica o inevitável agradecimento a todos aqueles que povoam o meu quotidiano e me motivam a (re)descobrir novos espaços e novos mundos].

Descobertas no amarelo bem pronunciado de um Outono que já não encontramos em Portugal, cidades perdidas no mapa como Pienza ou Montepulciano deixam-nos rendidos a uma beleza natural indescritível, digna dos mais empolgantes contos de fadas. Que o digam os protagonistas da saga “Twillight – Crepúsculo”, que gravaram por estas paragens alguns dos mais belos momentos do filme “New Moon – Lua Nova”, pretexto que nos levou a visitar esta sublime região [aqui fica o inevitável agradecimento à Antena 3, que patrocinou a viagem].

E depois há Florença, imponente e marcante, a majestosa cidade que se ergue no meio deste cenário idílico. Comparada a Atenas e a Jerusalém pelo seu peso civilizacional, Florença é esplendorosa na forma como surpreende em termos arquitectónicos, com a imponência dos Palácios Vecchio e Pitti e a altivez do Duomo, que enquadra o Complexo de Santa Maria del Fiore. É rica nas manifestações artísticas, de Michelangelo a Botticeli, cujo expoente máximo são as intermináveis mas sublimes Galerias Uffizzi. É espirituosa na sua ligação à língua e à poesia, associada a nomes como Dante ou Boccaccio. E é sobretudo radiosa nos cenários de puro romantismo que oferece nas margens do Rio Arno e na travessia da Ponte Vecchio (e, claro, aqui fica o inevitável agradecimento à Princesa dos Castelos, a luz que iluminou os meus dias pela Toscânia).

sábado, outubro 23, 2010

Lusa Atenas... Sempre...



Cartaz da Latada de Coimbra 2010 (clique na imagem para aumentar)

sexta-feira, outubro 22, 2010

Grande Penalidade



Sertanense 0-0 Olhanense (Pen 1-4), Taça de Portugal.

segunda-feira, outubro 18, 2010

Sobre a Crise

Rapariga Bonita e Marido Rico

Saiu numa edição do Financial Times. Uma jovem mulher enviou um e-mail para o jornal a pedir dicas sobre “como arranjar um marido rico”. Contudo, como refere e bem a minha querida LadyBug, "mais inacreditável que o pedido da rapariga, foi a resposta do editor do jornal que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada."

E-mail da rapariga:

“Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos.Sou bem articulada e tenho classe. Quero casar-me com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Há algum homem que ganhe 500
mil ou mais neste jornal, ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas?

Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não me vão permitir morar em Central Park West.

Conheço uma mulher (do meu grupo de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente. Então, o que é que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correcta? Como chego ao nível dela?”
(Raphaella S.)

Resposta do editor do jornal:

“Li a sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação.
Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou a tomar o seu tempo à toa...

Posto isto, considero os factos da seguinte forma: Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que procura), o que oferece é simplesmente um péssimo negócio.

Eis o porquê: deixando o convencionalismo de lado, o que sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas: Você entra com a beleza física e eu entro com o dinheiro. Mas há um problema.

Com toda a certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará a aumentar.

Assim, em termos económicos, você é um activo que sofre depreciação e eu sou um activo que rende dividendos. Você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre a aumentar!

Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando se comparar com uma fotografia de hoje, verá que se transformou num caco. Isto é, hoje você está em ‘alta’, na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.


Usando a terminologia de Wall Street, quem a tiver hoje deve mantê-la como ‘trading position’ (posição para comercializar) e não como ‘buy and hold’ (comprar e manter), que é para o que você se oferece...

Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um ‘buy and hold’) consigo não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim! Assim, em termos sociais, um negócio razoável a ponderar é, namorar.

Sem ponderar... Mas, já a ponderar e, para me certificar do quão ‘articulada, com classe e maravilhosamente linda’ você é, eu, na condição de provável futuro locatário dessa ’máquina’, quero
tão-somente o que é de praxe: fazer um ‘test drive’ antes de fechar o negócio... podemos marcar?”

(Philip Stephens, associate editor of the Financial Times - USA)

Gentilmente sacado daqui.

terça-feira, setembro 21, 2010

Carpe Diem
O Essencial do Gourmet na Invicta

O emblemático espaço do Palácio da Bolsa, na invicta cidade do Porto, acolheu no passado fim-de-semana, a 4.º edição da Essência do Gourmet. Ao longo de três dias mais de 9.400 visitantes passaram pelo Palácio da Bolsa, “aceitando o desafio de participar nos 50 cursos de cozinha diários e totalmente interactivos, ao lado de mediáticos chefes de cozinha”, sublinha Nuno Pires, director da Essência do Vinho, empresa organizadora da iniciativa em parceria com a Associação Comercial do Porto.

Na sequência de vitória em passatempo promovido pelas Caves Aliança, fui convidado a visitar aquele evento, que é, digamos assim, o irmão mais novo da Essência do Vinho. Como todos os irmãos jovens, nota-se alguma imaturidade da Essência do Gourmet em relação ao seu irmão mais crescidinho. Porque a comparação é inevitável, percebe-se que a Essência do Vinho é mais evento, com uma posição consistente no calendário da especialidade, uma verdadeira montra do mundo vitivinícola. Digamos que a Essência do Gourmet é algo mais híbrido (consegue contemplar actividades tão diversas como o life-cooking ou a degustação vínica), mais confuso (não me conseguem convencer que o método de abertura de inscrições 15 minutos antes de cada evento seja funcional) e, no essencial, mais familiar (estar lado a lado com um Rui Paula ou um Henrique Sá Pessoa não tem preço).

Ou se calhar até tem. É este o preço a pagar pela interactividade da iniciativa, que permite uma verdadeira participação activa do visitante, a qual não se resume ao mero provar do menu. A Essência do Gourmet está – a esse título brilhantemente – concebida para proporcionar uma verdadeira partilha de experiências e de sabores, lado a lado com os maiores chefes de cozinha, passo a passo com os melhores néctares da natureza, garfada a garfada com os mais diversos tipos de conceitos gastronómicos. E vale sempre a pena sublinhar o prazer que é percorrer os corredores do Palácio da Bolsa, a imponência daquele Salão Árabe ou a magia daquela Sala do Presidente, um espaço único que é absolutamente de louvar podermos encontrar aberto à cidade e ao mundo.

Um verdadeiro deleite para os sentidos, o essencial do Gourmet morou na invicta este fim-de-semana, uma experiência obrigatória para amantes – e não só – da cozinha de autor, uma experiência a repetir porque – claro, como sempre – a cidade do Porto recebeu-nos como só ela sabe. Porque um dia assim não termina sem uma visita ao verde de Serralves ou uma mítica foto enquadrada pelos Jardins do Palácio de Cristal.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Do Arco da Velha





Lady Gaga na MTV

quinta-feira, setembro 09, 2010

Fantástico

"The Beauty of the Power Game" é o nome da iniciativa promovida pela The New York Times Magazine junto de algumas das mais famosas tenistas mundiais. O resultado é a combinação perfeita entre arte e desporto, com aquele inevitável toque de sensualidade feminina, num conjunto de vídeos irrepreensíveis.

Aqui ficam alguns exemplos:




Serena Williams



Vera Zvonareva



Kim Clijsters



Victoria Azarenka

quarta-feira, agosto 25, 2010

Para Sempre



O mundo da música está mais pobre


O músico e compositor norte-americano George David Weiss, morreu aos 89 anos de causas naturais, disse na terça-feira fonte da família. Nascido em Nova Iorque, a 09 de abril de 1921, Weiss morava em Oldwick, no Estado de New Jersey, onde viria a falecer. A sua carreira musical atingiu maior notoriedade depois da II Grande Guerra, em que fez serviço militar. Foi o criador do épico tema "What a Wonderful World", imortalizado por Louis Armstrong, e do delicioso "The Lion Sleeps Tonight", aqui numa versão muito bem disposta.





terça-feira, agosto 24, 2010

DesconcertArte




"História", do pintor grego NiKolaos Gysis (1892)

terça-feira, agosto 17, 2010

Palavras

A Despensa dos Sonhos



"Se tantas pessoas dão a entender que vivem sem sonhos, é porque talvez haja um lugar, dentro de nós, onde eles se guardam, sem que se dê por isso. Não sei onde fica, reconheço. E, às vezes, intriga-me que o seu caminho e o nosso pareçam desencontrados. Imagino-o como uma longa despensa mais ou menos esconsa (e fresca), de luz acolhedora, mas sem o bulício de uma praça de gente atarefada, onde se atropela quem esbraceja, fervilhante, e quem, do alto de uma janela, espreita, sereno, a vida lá em baixo. Em todas as pessoas, por mais que não pareça, há uma despensa de sonhos. Alguns que depois de sonhados se foram guardando, mais ou menos amarrotados e por escovar. Outros que lá foram parar embrulhados no papel colorido com que pousaram em nós, de surpresa. Posso estar enganado, mas acho - com convicção - que o mundo seria um lugar melhor ( e mais bonito) se as pessoas se perdessem na despensa dos seus sonhos. Pelo menos, de vez em quando."

Eduardo Sá

terça-feira, junho 29, 2010

Esses e Outros Sons

Luis Represas e João Gil - Zorro

segunda-feira, junho 14, 2010

Directo à Questão
Como Joana Vasconcelos pulverizou os números das exposições temporárias em Portugal

“Sem Rede”, a mostra antológica da artista plástica Joana Vasconcelos, que esteve patente no Museu Berardo, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, até ao passado dia 18 de Maio, conseguiu pulverizar todos os números das exposições temporárias em Portugal. Um verdadeiro sucesso de público, que beneficiou sem dúvida da política de gratuitidade da entrada na exposição e do mediatismo da autora das obras.
“Sem Rede”, de Joana Vasconcelos, conseguiu quase 168 mil visitantes nos dois meses e meio de exposição, batendo o anterior recorde de afluência a uma exposição temporária em Portugal, que pertencia ao blockbuster “A Evolução de Darwin”. A mostra de grande público que explora as raízes do evolucionismo conseguiu 161 mil visitantes quando, no ano passado, esteve patente na Fundação Calouste Gulbenkian. Igualmente mais entradas que a retrospectiva de Amadeo de Souza-Cardoso que, também na Gulbenkian, superou as 100 mil visitas em 2006-2007.
No entanto, a terceira posição nas exposições temporárias mais vistas de sempre em Portugal pertence a Paula Rego que, em 2004-2005, na Fundação Serralves, conseguiu mais de 157 mil entradas. Esta continua a ser, de resto, a exposição mais visitada de sempre no conhecido museu da cidade do Porto, ligeiramente acima da dedicada ao norte-americano Robert Rauschenberg que, em 2007-2008, contabilizou em Serralves mais de 137 mil visitantes.
Como já referimos, parece-nos que o sucesso da exposição antológica de Joana Vasconcelos está essencialmente alicerçado em dois factores. Em primeiro lugar, beneficia claramente da medida de entrada gratuita seguida pelo Museu Berardo. Esta política de captação de novos públicos que, de outra forma, provavelmente, não teriam acesso a este tipo de arte, apesar de poder desequilibrar as comparações com exposições patentes ao público noutros espaços, parece-nos uma excelente medida na atracção e potenciação de visitantes aos nossos museus.
É, contudo, evidente, que não podemos reduzir o sucesso da exposição “Sem Rede” ao facto da entrada ser gratuita. Basta verificar que a mostra de Joana Vasconcelos excedeu em mais de 60 mil entradas as duas exposições até ai mais visitadas no Museu Berardo: a colectiva “Amália, Coração Independente”, dedicada à nossa diva do fado, que, no ano passado, fechou com um balanço superior a 105 mil entradas; e a mostra dedicada à pintora mexicana Frida Khalo que atingiu números semelhantes em 2006, ainda quando o Módulo 3 do Centro Cultural de Belém não era Museu Berardo.
Existe então um segundo grande factor para o sucesso inequívoco de exposição “Sem Rede”, sem dúvida o mais importante de todos. Falamos, obviamente, da enorme qualidade e mediatismo da artista Joana Vasconcelos. São obras que não deixam ninguém indiferente, pela sua originalidade, mas sobretudo pela sua genialidade. Obras mais conhecidas, como “A Noiva” ou “Coração Independente”, ou outras menos mediáticas, mas tão ou mais magestáticas, como “Contaminação” ou “Cama Valium”, todas elas são marcadas pela forma brilhante como a autora transforma objectos do quotidiano em veículos de arte, sempre de uma forma harmoniosa e consistente.
Brilhante, portanto. Uma autora nacional a descobrir e redescobrir. Mais uma pérola da arte portuguesa. Uma obra sem fronteiras, claro está.

Em http://directoaquestao.blogs.sapo.pt/

segunda-feira, maio 24, 2010

Do Arco da Velha

Miguel Guilherme recita Bocage e O'Neill, no Lado B, com Bruno Nogueira

sexta-feira, abril 30, 2010

Lusa Atenas... Sempre



Cartaz Queima 2010 (clique para aumentar a imagem)

terça-feira, abril 27, 2010

Esses e Outros Sons

Deolinda - "Um Contra O Outro"

segunda-feira, abril 12, 2010

Vida

"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar.
Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"

João Pereira Coutinho, Jornalista

quarta-feira, abril 07, 2010

Directo à Questão

Mais ou menos especiais? Uma reflexão sobre o panorama da Educação Especial em Portugal

Foi recentemente noticiado que, do ano lectivo 2007-2008 para o ano lectivo 2008-2009, mais de 16 mil alunos do sistema de ensino português deixaram de estar incluídos no regime de necessidades educativas especiais. A entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 10 de Janeiro, alterou todo o panorama da educação especial em Portugal. Mas será que alterou para melhor? Exploremos alguns números.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Pedopsiquiatria, a percentagem estimada da população escolar com necessidades educativas especiais é de 10 a 11%. No entanto, segundo a CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, referencial utilizado pelo Ministério da Educação para definir os critérios de enquadramento na educação especial, instrumento de classificação que está na base do Decreto-Lei 3/2008, a percentagem estimada da população escolar com necessidade de apoio educativo é de 1,8%.

Enquanto no ano lectivo 2007-2008, 49 177 alunos, ou seja, 3,9% dos alunos inscritos no ensino básico usufruíam de medidas especiais de educação, no ano lectivo 2008-2009, este número caiu para 33 891 alunos, ou seja, 2,85% do total dos alunos inscritos no ensino básico beneficiavam de ensino especial. É este o tal diferencial de mais de 16 mil alunos, ligado à introdução da CIF como critério de classificação dos alunos com necessidades educativas especiais. Uma diminuição superior a 30% no número de alunos abrangidos pela educação especial, já denunciada pela Fenprof, acusando o Governo de motivações meramente economicistas.

Mas se é verdade que a malha parece ter ficado mais apertada prejudicando muitos alunos que necessitariam de educação especial e que, com a entrada da nova legislação, viram vedado o seu acesso ao regime de necessidades educativas especiais, também me parece indiscutível que o actual sistema é mais claro, mais rigoroso e, sobretudo, mais inclusivo.

Com a definição da CIF enquanto o instrumento de referência para a percepção, interpretação e intervenção na área da deficiência, foi reformulado todo o processo de aplicação das medidas especiais de educação. Esta classificação, comummente adoptada pelos diferentes sistemas de informação de saúde e pelos vários profissionais ligados à intervenção junto do cidadão portador de deficiência, apresenta uma base científica para a compreensão e estudo das necessidades educativas especiais.

A CIF defende que, ainda que não exista uma única definição de deficiência, ou melhor, de capacidade limitada, poderá definir-se como o resultado da interacção de deficiências físicas, sensoriais ou mentais com o ambiente físico, social e cultural. A capacidade limitada do indivíduo resulta, pois, da interacção entre uma variável que tem a ver com a funcionalidade da pessoa, e outra variável que tem a ver com factores ambientais e organizacionais.

O desenvolvimento inclusivo aproveita e potencia a ampliação dos direitos e capacidades de cada uma das dimensões do ser humano (económica, social, política, cultural) na sua diversidade e especificidade, com base na procura e garantia do acesso universal, da igualdade de oportunidades e da equidade.

In http://directoaquestao.blogs.sapo.pt/

sexta-feira, março 19, 2010

Lamentável





Verdade ou ficção? Mais promenores desta insólita história aqui e aqui.

Com um agradecimento especial ao autor do tuguices.net

quinta-feira, março 04, 2010

Cinemacção


Alice no País das Maravilhas


Título original: Alice in Wonderland
De: Tim Burton
Com: Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Christopher Lee, Anne Hathaway
Género: Aventura
Classificacao: M/12

EUA, 2010, Cores, 108 min.



Alice (Mia Wasikowska), agora uma rapariga de 19 anos, persegue um pequeno coelho e, tal como dez anos antes, entra na magia do País das Maravilhas. Aí, ela vai reencontrar os seus velhos amigos: o Coelho Branco (Michael Sheen), Tweedledee e Tweedledum (Matt Lucas), a Lagarta Absolem (Alan Rickman), o Gato Cheshire (Stephen Fry) e o extravagante e dedicado Chapeleiro Louco (Johnny Depp em mais uma interpretação de se lhe tirar o chapéu - literalmente).

Mas o reencontro não é totalmente feliz: desde a sua partida, o pequeno lugar tem vivido dias sombrios sob o jugo da Rainha Vermelha (Helena Bonham-Carter) que, contra a vontade de todos, se apoderou do trono. O regresso de Alice parece um último reduto de esperança para todos. E, agora, ela e os seus companheiros terão de seguir o seu destino e travar uma guerra jamais imaginada. Será Alice capaz de devolver a alegria à terra de todas as maravilhas?

Numa adaptação livre e negra da obra-prima de Lewis Caroll, Tim Burton - igual a si próprio -apresenta-nos um filme mágico e belo, uma viagem singular pelo imaginário que pode ser o de cada um de nós. A banda sonora (com temas de nomes como Avril Lavigne, All American Rejects, Robert Smith dos The Cure, Franz Ferdinand e Shinedown) é um dos principais aspectos a salientar num filme muito bem conseguido em termos cinematográficos.

Humor refinado, gags inteligentes, acção corrida, efeitos especiais sem mácula, enfim duas horas do melhor entretenimento ao melhor estilo de Tim Burton.

Classificação: 4/5

[Com um obrigado muito especial a quem me proporcionou esta fantástica antestreia...]

quarta-feira, março 03, 2010

Delicioso


Alice no País das Desgraças

Hoje vou ver a antestreia de "Alice no País das Maravilhas", de Tim Burton. Nem de propósito, encontrei este delicioso cartoon no Expresso... Nem de propósito, está a chover e tudo...

terça-feira, março 02, 2010

Recantos Sertaginenses



Club da Sertã

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Cinemacção

Avatar

Título original: Avatar
De: James Cameron
Argumento: James Cameron
Com: Sam Worthington, Zoe Saldana, Sigourney Weaver, Stephen Lang
Género: Acção, Aventura
Classificacao: M/6

EUA, 2009, Cores, 162 min.





Apesar de confinado a uma cadeira de rodas, Jake Sully (Sam Worthington), um ex-marine, continua a ser um combatente. Assim, é recrutado para uma missão a Pandora, um corpo celeste que orbita um enorme planeta gasoso, para explorar um mineral alternativo chamado Unobtainium, usado na Terra como recurso energético. Porém, devido ao facto de a atmosfera de Pandora ser altamente tóxica para os humanos, é usado um programa de avatares híbridos, que possibilita a transferência da mente de qualquer humano para um corpo nativo.

Indiscutivelmente, o filme que marca o ano cinematográfico. Inevitavelmente, o mais sério candidato aos Óscares marcados para a noite do próximo dia 7 de Março. De regresso à fórmula dos dez nomeados para melhor filme, que não era utilizada desde 1944, se não existirem surpresas de última hora, caberá à fita de James Cameron a honra de sair de Hollywood com a mais cobiçada estatueta da noite.

Cameron esperou anos para fazer um filme assim. Reunidas as condições tecnológicas que permitiram fazer de “Avatar” um marco na história do cinema (na minha opinião, desde “Matrix” que não se assistia a um tal rompimento com o passado), falta saber até onde pode chegar este filme. Conquistado que está o Globo de Ouro atribuído pela exigente Imprensa Estrangeira e pulverizados que estão os recordes de bilheteira pertencentes a outra obra de James Cameron, “Titanic”, de 1997, este visionário filme que nos conduz até Pandora, um mundo imaginário cheio de magia, tem todos os ingredientes do sucesso.

Falta é saber se não é, ironicamente, a ex-mulher de Cameron, Kathryn Bigelow, a quarta mulher na história a ser nomeada pela Academia para o galardão de Melhor Realizador, a roubar a estatueta a “Avatar”. A acontecer, será a primeira de sempre a ganhar o Óscar de Realização, desta feita pelo filme “The Hurt Locker” ("Estado de Guerra"), uma película mais ao estilo “hollywoodesco”, um explosivo drama de guerra sobre uma patrulha à caça de bombas em solo iraquiano que celebra o combatente e o patriotismo americanos.

Classificação: 4/5

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Verdes Anos



Ulysse 31

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Cinemacção

"Precious"



Título original: Precious. De: Lee Daniels. Com: Gabourey Sidibe, Mo'Nique, Paula Patton, Mariah Carey. Género: Drama. Classificacao: M/12. EUA, 2009, Cores, 110 min.

A viver no bairro pobre de Harlem, em Nova Iorque, Clareece "Precious" Jones (Gabourey Sidibe) é uma mãe adolescente de 16 anos, negra, analfabeta e obesa, a sofrer de todo o tipo de maus-tratos pela própria família. Inserida num programa de alfabetização para adultos, ela vai, pela primeira vez, conhecer o amor e a amizade através de Ms. Rain (Paula Patton), uma professora determinada a ensinar-lhe o quão preciosa é a vida.

Baseado no livro "Push", de Ramona Lofton, conta com uma cuidada realização de Lee Daniels e a mediática produção de Oprah Winfrey. As seis nomeações para os Oscares, entre as quais melhor filme, realizador, actriz (Gabourey Sidibe) e actriz secundária (Mo'Nique), não surgem por acaso. Depois há a interpretação de Mariah Carey, absolutamente irreconhecível (mais dez quilos e menos dez por cento de maquilhagem) na pele de assistente social.

É um filme precioso, cheio de preciosas interpretações e de uma preciosa carga dramática. Nada parece ter sido deixado ao acaso, desde a valorização das performances individuais dos actores até à suavização do lado inevitavelmente pesado do tema. Mostra de forma brilhante um lado da sociedade tão poucas vezes mostrado nos ecrãs, que coloca a nu uma América literalmente "negra". Pesado, forte e perturbante. Mas tocante, emocionante e intenso. Um filme obrigatório.

Classificação: 4/5

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Best of 2009

Mais vale tarde que nunca... Aqui fica a habitual selecção pessoal dos melhores e piores do ano.

Em 2009, os melhores filmes foram:


1. Quem Quer Ser Bilionário?, de Danny Boyle
2. Sacanas Sem Lei, de Quentin Tarantino
3. Avatar, de James Cameron
4. Gran Torino, de Clint Eastwood
5. O Leitor, de Stephen Daldry
6. A Troca, de Clint Eastwood
7. Milk, de Gus Van Sant
8. O Wrestler, de Darren Aronofsky
9. Distrito 9, de Neill Blomkamp
10. Star Trek, de J.J. Abrams
11. A Ressaca, de Todd Phillips
12. A Dúvida, de John Patrick Shanley
13. Watchmen — Os Guardiões, de Zack Snyder
14. O Estranho Caso de Benjamin Button, de David Fincher


E os melhores temas musicais foram...


1. Lily Allen – The Fear
2. Alicia Keys – Doesn’t Mean Anything
3. David Fonseca – A Cry 4 Love
4. Buraka Som Sistema feat. Pongo Love – Kalemba (Wegue Wegue)
5. Amália Hoje – Gaivota
6. Blind Zero – Slow Time Love
7. The Killers – Human
8. MIA – Paper Planes
9. MGMT – Kids
10. The Black Eyed Peas – I Gotta Feeling
11. Madcon – Beggin
12. Orquestrada – Oxalá Te Veja
13. Rui Reininho – Bem Bom
14. Joss Stone – Free Me

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Lamentável

Pedro Abrunhosa cai em directo na Gala dos Ídolos...

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Verdes Anos



Os Ursinhos Carinhosos (em versão portuguesa)



http://www.youtube.com/watch?v=zTuvD_CdGak



Com dedicatória especial para a pessoa mais carinhosa do mundo...

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Cinemacção

"Up in the Air" ("Nas Nuvens")

Título original: "Up in the Air". De: Jason Reitman. Com: George Clooney, Vera Farmiga, Anna Kendrick. Género: Comédia, Drama. Classificacao: M/12. EUA, 2009, Cores, 110 min.



Tinha que escrever sobre este filme. "Up In The Air" é um filme simples, mas brilhante; leve, mas que dá que pensar. O argumento de Reitman é genial (um dos melhores dos últimos tempos) e a interpretação de Clooney é sem ponta de mácula (inevitável a sua nomeação para a estatueta da Academia).

Uma reflexão sobre tudo o que se esconde por trás dos estereótipos e dos preconceitos. Uma história de vida, que podia ser a de qualquer um de nós, no frenético mundo das aparências em que vivemos.

Sem falsas pretensões, é um filme entre o global e o local, entre o falso e o real, entre as nuvens e os pés bem assentes na terra. Um hino aos pequenos prazeres da vida, à beleza dos sentimentos. Depois de "Slumdog Millionaire", há novamente bons motivos para descobrir o que de mais puro e mágico existe no cinema. A sétima arte na sua presença mais básica e tambem mais genuína.

Talvez uma agradável surpresa. Ou talvez não.

Classificação: 4/5

terça-feira, janeiro 19, 2010

Sobre a Crise...


quinta-feira, janeiro 07, 2010

Ecos do Pensamento

“Nos olhos do jovem arde a chama, nos do velho brilha a luz”.



Victor Hugo

segunda-feira, janeiro 04, 2010

Fantástico

A "brincadeira" fez-se no Aeroporto de Lisboa em 31 de Dezembro e não faltou animação.

Feliz 2010!!!