quinta-feira, julho 21, 2011

Do Arco da Velha

Afinal aqui havia mesmo gato...



Sobre o novo habitante do Zêzere...


Originário do Delta do Mekong, Vietnam, o peixe-gato ou panga, nomes comuns dados à espécie Pangasius hypophthalmus, é uma espécie oriunda dos EUA e já existe em abundância no Rio Douro e no Alqueva.

Segundo biólogos e ambientalistas, a presença do peixe-gato nestes locais constitui uma ameaça à sua fauna piscícola. O peixe-gato alimenta-se de outras espécies, pelo que também agora no Rio Zêzere poderá estar em causa o equilíbrio das várias espécies piscícolas aí existentes.


Geralmente, estes peixes juntam-se em cardumes, dizimando os alevins dos achigãs. Este autêntico exterminador é um peixe ósseo, silurídeo na água doce, caracterizado pelos muitos barbilhões (bigodes) ao redor da boca e pela presença de glândulas de veneno ligadas aos espinhos peitorais.

O peixe-gato está espalhado por toda a Europa, existindo cerca de 40 espécies. Alimenta-se de larvas de mosquitos, caracóis, ovas e pequenos peixes. É um peixe de fundo sociável e bastante sensivél à poluição. O seu período de desova situa-se entre os meses de Abril a Julho.


O consumo do peixe-gato e a sua introdução na cadeia alimentar parecem estar envoltas em inúmeras polémicas. Nos últimos meses, circularam várias notícias que afirmam que o peixe-gato está contaminado com bactérias patogénicas, metais pesados e resíduos de medicamentos anti-infecciosos e hormonas. Com o objectivo de dissipar os receios dos consumidores, a Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (DECO) analisou várias marcas que comercializam peixe-gato ultracongelado em Portugal.


A DECO realizou análises microbiológicas e quantificou metais pesados e resíduos de medicamentos anti-infecciosos. Estas análises revelaram a presença de microrganismos a 30 ºC e Listeria monocytogenes, bactéria potencialmente patogénica. Contudo, a DECO afirma que os valores de contaminação encontrados não ameaçam a saúde pública.