quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Verdes Anos

Fábulas da Floresta Verde

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Palavras de Vida Eterna

Poema do Homem Só

Sós,
irremediavelmente sós,
como um astro perdido que arrefece.
Todos passam por nós
e ninguém nos conhece.

Os que passam e os que ficam.
Todos se desconhecem.
Os astros nada explicam:
Arrefecem

Nesta envolvente solidão compacta,
quer se grite ou não se grite,
nenhum dar-se de outro se refracta,
nenhum ser nós se transmite.

Quem sente o meu sentimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem sofre o meu sofrimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem estremece este meu estremecimento
sou eu só, e mais ninguém.

Dão-se os lábios, dão-se os braços
dão-se os olhos, dão-se os dedos,
bocetas de mil segredos
dão-se em pasmados compassos;
dão-se as noites, e dão-se os dias,
dão-se aflitivas esmolas,
abrem-se e dão-se as corolas
breves das carnes macias;
dão-se os nervos, dá-se a vida,
dá-se o sangue gota a gota,
como uma braçada rota
dá-se tudo e nada fica.

Mas este íntimo secreto
que no silêncio concreto,
este oferecer-se de dentro
num esgotamento completo,
este ser-se sem disfarçe,
virgem de mal e de bem,
este dar-se, este entregar-se,
descobrir-se, e desflorar-se,
é nosso de mais ninguém.

António Gedeão
Lusos Encantos















Estremoz

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

And The Oscar Goes To...

MELHOR FILME «The Departed: Entre Inimigos»
MELHOR REALIZAÇÃO Martin Scorsese («The Departed»)
MELHOR ACTOR PRINCIPAL Forest Whitaker («O Último Rei da Escócia»)
MELHOR ACTRIZ PRINCIPAL Helen Mirren («A Rainha»)
MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO Alan Arkin («Uma Família à Beira de Um Ataque de Nervos»)
MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA Jennifer Hudson («Dreamgirls»)
MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO «Happy Feet»
MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO-INGLESA» «As Vidas dos Outros»
MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL «Uma Família à Beira de Um Ataque de Nervos»
MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO «The Departed: Entre Inimigos»
MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA «O Labirinto do Fauno»
MELHOR FOTOGRAFIA «O Labirinto do Fauno»
MELHOR MONTAGEM «The Departed: Entre Inimigos»
MELHOR GUARDA-ROUPA «Marie Antoinette»
MELHOR BANDA SONORA «Babel»
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL "I Need to Wake Up" - «Uma Verdade Inconveniente»
MELHOR CARACTERIZAÇÃO «O Labirinto do Fauno»
MELHOR MONTAGEM DE SOM «Cartas de Iwo Jima»
MELHOR SOM «Dreamgirls»
MELHORES EFEITOS VISUAIS «Piratas das Caraíbas: O Cofre do Homem Morto»
MELHOR DOCUMENTÁRIO «Uma Verdade Inconveniente»
MELHOR DOCUMENTÁRIO / CURTA-METRAGEM «The Blood of Yingzhou District»
MELHOR CURTA-METRAGEM / ANIMAÇÃO «The Danish Poet»
MELHOR CURTA-METRAGEM / ACÇÃO REAL «West Bank Story»

[Fonte: Cinema 2000]

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Fantástico...

O saudoso Herman...

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

100 Comentários




sábado, fevereiro 17, 2007

Recordar é Viver...


sexta-feira, fevereiro 16, 2007

O Público Mudou...

Porque o mundo mudou... O jornal de referência nacional está diferente. Há muito prometida (por mim nem por isso muito aguardada), a viragem gráfica e editorial do Público chegou no passado dia 12 às bancas. E está longe de ser consensual.
Desde a primeira edição do novo Público que me apetece escrever sobre o assunto, mas preferi aguardar pelos primeiros comentários antes de me pronunciar. Chocam-me alguns deles pelo seu teor quasi-destrutivo, matando logo à partida um processo de recriação maduro, consciente das exigências de uma sociedade sem tempo. Considero que, para tudo, há um período de habituação e que o benefício da dúvida deve ser dado nestas ocasiões. Primeiro estranha-se...
Sem dúvida que o jornal está diferente. Muito diferente, aliás. Todas as mudanças assistem a um natural processo de resistência. A mudança é necessária... Mas será que esta era?
Confesso que vou ter muitas saudades das páginas “cheias de letras e com uma imagenzita no canto superior”. Confesso que ainda me perco, confuso, no novo alinhamento do jornal. Confesso que as novas cores que enchem as suas páginas me provocaram alguma repulsa inicial. Confesso que tenho dúvidas quanto à eventual captação de novos leitores. Confesso que a tal espécie de conservadorismo associado à manutenção de um formato inalterado desde a sua fundação não me choca minimamente. Confesso, enfim, que ainda não estou habituado à nova cara do jornal. E que não vai ser tão depressa...
Mas continuará a ser o meu jornal. Um jornal de referência a todos os níveis. Um jornal que responde “sim” às exigências de um mercado hipercompetitivo. Um jornal que tanto se lê em 30 minutos como em 2 horas. Um jornal cativante, quase viciante. Um jornal isento e capaz da grande reportagem, da verdadeira notícia, da entrevista actual. Um jornal sóbrio e recheado de conteúdo. Um jornal cheio de cor e de imagem. Um jornal que terá tempo para afinar a edição, de responder às exigências deste novo formato. Um jornal que de certeza não perderá os seus clientes fiéis.
Porque o essencial do “velho” Público continua lá... Porque o Público não podia morrer!

Recordar é Viver...

Lamentável...

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Palavras de Vida Eterna

Emoções

Quando eu estou aqui
Eu vivo esse momento lindo
Olhando pra você
E as mesmas emoções sentindo
São tantas já vividas
São momentos que eu não esqueci
Detalhes de uma vida
Histórias que eu contei aqui
Amigos eu ganhei
Saudades eu senti, partindo
E às vezes eu deixei
Você me ver chorar, sorrindo
Sei tudo que o amor
É capaz de me dar
Eu sei já sofri
Mas não deixo de amar
Se chorei
Ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi
São tantas já vividas
São momentos que eu não esqueci
Detalhes de uma vida
Histórias que eu contei aqui
Mas eu estou aqui
Vivendo esse momento lindo
De frente pra você
E as emoções se repetindo
Em paz com a vida
E o que ela me traz
Na fé que me faz
Optimista demais
Se chorei
Ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi
Se chorei
Ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi

Roberto Carlos

Lamentável...

Bafta: And The Winner Is...

«A Rainha» e «The Last King Of Scotland», filmes que retratam uma rainha graciosa e um ditador carismático, arrecadaram no domingo os principais galardões dos Prémios da Academia de Cinema Britânico, os Bafta.
A dama Helen Mirren foi «coroada» Melhor Actriz pelo papel de Isabel II no filme «A Rainha», que também venceu na categoria de Melhor Filme do ano.
O norte-americano Forest Whitaker levou o prémio de Melhor actor pela sua interpretação de Idi Amin em «The Last King of Scotland», a história de um jovem médico escocês com o ditador ugandês.
«Last King» foi distinguido com dois prémios, o de Melhor Filme Britânico e Melhor Argumento Adaptado.
Whitaker levou a melhor na categoria de Melhor Actor sobre Daniel Craig (o novo James Bond em «Casino Royale»), Leonardo DiCaprio («Entre Inimigos»), Richard Griffiths («The History Boys») e Peter O´Toole («Venus»).
O realizador de «The Last King of Scotland», Kevin Macdonald, confessou no entanto ter tido dúvidas sobre se Whitaker era o homem certo para o papel, por este lhe ter parecido uma pessoa «demasiado doce, gentil e adorável».
A longa-metragem arrecadou três prémios, tal como «El labirinto del Fauno», de Guillermo del Toro, que ganhou a categoria Melhor filme em Língua Não Inglesa, Melhor Guarda-Roupa e Melhor Caracterização.
Paul Greengrass foi considerado o Melhor Realizador, com «United 93», o drama/documentário sobre um dos voos sequestrados a 11 de Setembro de 2001.
A antiga «American Idol», Jennifer Hudson, ganhou o prémio de Melhor Actriz Secundária pelo musical «Dreamgirls», enquanto Alan Arkin ganhou o de Melhor Actor Secundário em «Little Miss Sunshine».
O mais recente filme do agente secreto James Bond, o aclamado «Casino Royale», foi um dos derrotados, levando para casa o prémio de Melhor Som, de entre as nove categorias para as quais estava nomeado.
[ Fonte: Diário Digital / Lusa ]

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

100 Comentários

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Lamentável...

Grande Odete...

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Fantástico...

Recordar é Viver...

Lamentável...

O homem do garrafão no seu melhor...

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Puro Relax...

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

100 Comentários


















Visão, 1 Fevereiro 2007
Pequenos Grandes Portugueses

Já muito se escreveu e disse sobre a lista final do programa “Grandes Portugueses” da RTP. Apenas deixaria aqui dois ou três comentários que considero pertinentes sobre a selecção dos telespectadores da televisão pública.
Nos dez finalistas, sem surpresas, não encontramos qualquer personalidade ainda em vida, com o melhor posicionado vivo a ocupar o 12.º lugar, no caso Mário Soares. Já se sabe como os portugueses são mais de homenagens póstumas e muito pouco de gratificações em vida.
Nos dez finalistas, isto já um pouco mais surpreendente, nenhum futebolista ou artista, três reis (D. Afonso Henriques, Infante D. Henrique e D. João II), dois políticos (António de Oliveira Salazar e Álvaro Cunhal), dois estadistas (Marquês de Pombal e Aristides de Sousa Mendes), um navegador (Vasco da Gama) e dois poetas (Luís de Camões e Fernando Pessoa). Já se sabe o que é que os portugueses aprendem nos bancos da escola e, com a honrosa excepção de Aristides de Sousa Mendes, quais os nomes que andam na boca do povo. Só queria saber quantos efectivamente sabem em que século viveu o Marquês de Pombal ou o número de cantos dos Lusíadas de Camões.
Nos dez finalistas, ainda mais surpreendente, ausências como as de Mário Soares, Eça de Queirós, Amália Rodrigues ou Eusébio. Nenhum destes quatro nomes deslustraria na lista dos dez mais, com a particularidade de cada um deles, na sua área de referência, marcar um estilo inconfundível e incontornável. Precisamente por serem ímpares naquilo que fazem (ou fizeram) se lamenta a sua ausência.
Nos dez finalistas, para mim a maior das surpresas, a prova de que há máquinas bem oleadas (mais ou menos explícitas) capazes de verdadeiras massificações de opinião. Falo, naturalmente, da militância comunista e do (mais oculto, será?) aparelho salazarista. Veremos qual o seu impacto na votação final, agora que já provaram do que são efectivamente capazes.
Sem demais juízos de valor, e na continuidade do particular apreço por rankings e afins, concluo com a lista dos "10 mais" ordenada da forma como eu a colocaria. Discutível, como todas as possíveis, como sempre.
1. Marquês de Pombal
2. Aristides de Sousa Mendes
3. Infante D. Henrique
4. Fernando Pessoa
5. Luís de Camões
6. D. João II
7. Vasco da Gama
8. D. Afonso Henriques
9. António de Oliveira Salazar
10. Álvaro Cunhal