quinta-feira, dezembro 23, 2010

Do Arco da Velha

Os Mais Insólitos Vídeos de 2010

Em tempo de todos os balanços, aqui ficam alguns dos vídeos eleitos pela Revista Visão como os mais insólitos do ano.

O bebé que dá lições ao "papai"




O polícia que salva nas calmas um bêbado no Metro de Madrid




O analista financeiro apanhado a ver fotos de mulheres nuas



A lista completa aqui.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Cinemacção

Jogo Limpo ***



Valerie Plane (Naomi Watts), uma agente secreta da CIA, comanda uma investigação sobre a presença de armas de destruição maciça no Iraque. O seu marido, o diplomata Joe Wilson (Sean Penn), é levado para o interior da investigação numa tentativa de comprovar que Saddam Hussein comprava, a Níger, urânio para fins militares, algo que se veio a comprovar falso. Quando a Administração Bush ignora a sua investigação e entra em guerra, invadindo o Iraque, o diplomata escreve um artigo no "New York Times", em que acusa o governo de má-fé. Pouco depois, e como consequência dos actos do seu marido, a identidade de Valerie como agente secreta é revelada, ficando com toda a sua vida desacreditada. Assim, de um momento para o outro, uma mulher que tinha uma vida estável, perde toda a credibilidade. É este o mote para "Fair Game" ("Jogo Limpo"), o único filme norte-americano na competição pela Palma de Ouro no festival de Cannes deste ano.

E tal facto não surge por acaso. Este delicioso thriller político realizado por Doug Liman (que conhecemos de filmes como "Identidade Desconhecida", "Mr. & Mrs. Smith", "Jumper") impressiona sobretudo pelo seu lado humano, pela sua componente dramática, mas também pelas fabulosas e irrepreensíveis interpretações de Naomi Watts e Sean Penn, esta última particularmente genial na (re)criação de uma personagem complexa, sobretudo se pensarmos que lhe cabe a árdua missão de substituir a falada Nicole Kidman, “substituição” que em nada desilude, muito pelo contrário.

Uma história verídica muito bem transposta para o cinema (de uma forma algo inesperada) por um realizador como Doug Liman, que nos faz recuar até aos períodos conturbados de 2003 e coloca – com uma particular perspicácia – o dedo na ferida da política externa norte-americana nos tempos da administração Bush. Longe de ser tratar de um filme brilhante, trata-se de uma obra muito bem conseguida em termos cinematográficos, quer pela qualidade das interpretações quer pela notável forma como o enredo se encontra construído do primeiro ao último minuto. Cada personagem é brilhantemente trabalhada, cada sequência dramática do filme é freneticamente empolgante. Provavelmente, um dos melhores filmes do ano em termos de interpretação, afinal de contas aquilo que a sétima arte tem de mais valioso.

sábado, dezembro 04, 2010

Do Arco da Velha