Toda a Verdade
Viajar não é coisa de ricos...
E quanto mais se viaja mais se quer... Se não se é viajante profissional, ou menos que se viaje por paixão... Se há problemas em andar de mochila às costas, vá-se para um resort na modalidade TI ("tromba ixtendida")... Se o Cambodja ou o Vietname parecem muito longe, então que seja Sevilha ou Paris... Interessa é querer... E querer é poder..
sexta-feira, agosto 30, 2013
segunda-feira, maio 13, 2013
Carpe Diem
Concerto "Grupo Coral do Sertanense & Amigos" (integrado no Encontro Internacional de Grupos Corais TESST - Traditional European Songs Singing Together), Projeto financiado pela Comissão Europeia [o conteúdo da publicação é da exclusiva responsabilidade do autor e a Comissão Europeia não pode ser responsabilizada pelo uso que possa ser feito da informação].
sexta-feira, março 01, 2013
terça-feira, janeiro 08, 2013
segunda-feira, julho 09, 2012
Sobre a Crise...
Na pequena aldeia de Megacnavala, com apenas
algumas dezenas de habitantes, há décadas que o café do Sr. Mora é a principal
referência da economia local. Outrora, ainda taberna, o café do Sr. Mora servia
essencialmente vinho a copo, vindo diretamente das pipas que as
abundantes vinhas de Megacnavala todos os anos enchiam. Agora, os hábitos são
bem diferentes, a cerveja, os refrigerantes e o café tomaram conta das
preferências da clientela, e o vinho a copo é guardado apenas para alguns
anciãos. Mas, não foram apenas as preferências dos clientes que mudaram, a
inóspita taberna fora “promovida” a café há alguns anos quando o Sr. Mora
investira na reformulação da infra estrutura. Mesas, cadeiras e balcão novo,
ecrã LCD de dimensões apreciáveis, ar condicionado para proporcionar um
ambiente mais agradável no verão, já para não falar na esplanada à qual não
faltavam os guarda sois. O investimento ainda foi grande e as poupanças do Sr.
Mora não foram suficientes.....
Felizmente, com a recomendação do Presidente da Junta, algumas famílias
mais abastadas da aldeia financiaram a progressiva remodelação da taberna,
primeiro a família Tostão, depois a família Pessoa, e mais recentemente,
aquando da instalação do ar condicionado e do LCD, o Sr. Franklin,
norte-americano casado com uma jovem da aldeia que emigrara há alguns anos para
os Estados Unidos.
A população acompanhou e apreciou a evolução de taberna a café e como
esperado, as receitas geradas pelo café do Sr. Mora aumentaram. Maiores margens
na cerveja e refrigerantes, do que no vinho, bem como o maior consumo, premeiam
o investimento do Sr. Mora, para orgulho do Presidente da Junta de Megacnavala.
Os “investidores”, das famílias Tostão e Pessoa, ao Sr. Franklin, foram
recebendo sempre os juros acordados com o Sr. Mora atempadamente e de acordo
com o combinado.
Dado o clima de confiança que reinava na aldeia, com o alto patrocínio do
Presidente da Junta, a família Tostão, primeiro “investidor” no café do Sr.
Mora, aceitou há algum tempo renovar a dívida a pedido do Sr. Mora,
acrescentando ainda algum capital adicional a uma taxa de juro mais baixa que a
anterior para financiar a aquisição de um equipamento para tirar bebidas de
pressão e um painel luminoso para o exterior do café. O mesmo se passou com a
Família Pessoa para substituir o ar condicionado que havia recentemente
avariado, e ao Sr. Franklin pediu o Sr. Mora o mesmo, mas para ajudar a pagar a
fornecedores.
Na realidade, a população da aldeia continuava a ser de apenas algumas
dezenas de habitantes, e ainda que o consumo tenha aumentado desde os tempos da
taberna, alguns dos habitués como o Manuel ou o Pedro, há alguns meses que se
tornaram menos assíduos, e os custos de manutenção do café incomparavelmente
superiores aos da taberna. O Presidente da Junta, que em miúdo foi dos poucos
da aldeia que fez a 4º Classe (de antigamente) logo à primeira, facto que o
catapultou para o mais alto cargo político de Megacnavala, dizia ao dono do
café: “Ó Mora, assim não dá pá, então não se está mesmo a ver? Só em eletricidade
deves pagar para cima de uma fortuna, mais a mais aos preços a que ela está. Se
calhar tens que desligar o ar condicionado e o painel luminoso à noite,
senão....”
Como o meio é pequeno e o Presidente da Junta falador, ficaram também os
“investidores” rapidamente a saber que o negócio do Sr. Mora não evoluía tão
bem como todos tinham perspetivado. Logo por azar, tem o Sr. Mora ainda este
ano que pagar tudo o que deve à família Tostão e metade à família Pessoa. Ao
Sr. Franklin, nada este ano, mas tudo no início do próximo.
(continua)Elenco
Estado membro da zona Euro com excesso de dívida, no papel de Sr. Mora
Agência de rating, no papel de Presidente da junta
Investidores nacionais, no papel das Famílias Tostão e Pessoa
Investidor estrangeiro, no papel de Sr. Franklin
Desempregados, no papel de Manuel e Pedro
[In ActivoBank]
segunda-feira, abril 30, 2012
Carpe Diem
Guimarães Com Vida a Fazer Parte
A cidade berço transpira vanguardismo. Revela-se ao mundo
enquanto cidade cosmopolita que em nada envergonha um Portugal que continua a
mostrar que é capaz. Só pela forma como está limpa e arrumada vale a pena
visitar a cidade que este ano assume o título de Capital Europeia da Cultura.
Mas vale ainda e sobretudo por tudo o resto – pela história que emana de cada
recanto cuidado da cidade, pela forma como os eventos culturais se integram
nesses lugares indelevelmente ligados à nossa história, pela forma como a
população está envolvida de alma e coração (e paixão) nesta iniciativa. Ou não
fosse um coração o seu símbolo maior. Guimarães está de parabéns. A organização
está de parabéns. Pela forma como soube aproximar uma população que parecia
perdida e arredada de um projecto que é seu, que é nosso. Fazemos todos parte.
Exemplo desta bem sucedida comunhão entre a Capital Europeia
da Cultura e a comunidade vimaranense (e, porque não dize-lo, portuguesa) foi a
experiência de pop sinfónico proporcionada na noite do passado dia 28 de Abril
pelos Expensive Soul e a Fundação Orquestra Estúdio, da qual tive o privilégio
de fazer parte. Já não bastava a singularidade musical dos Expensive Soul. Já
não bastava a multiculturalidade dos jovens músicos que compõem a Fundação
Orquestra Estúdio. Já não bastava a presença em palco de um heterogéneo coro de
duzentos habitantes de Guimarães escolhidos a dedo num casting que ficará para
a história. Já não bastava o estilo inconfundível do Maestro Rui Massena. Já
não bastavam os toques dos velhos Nicolinos que se juntaram ao final de festa.
O resultado da fusão em palco de todas estas particulares sonoridades foi um
espectáculo memorável e a prova de que Guimarães 2012 merece todo o nosso
aplauso. A cidade berço transpira vida.
terça-feira, abril 24, 2012
sexta-feira, março 23, 2012
Carpe Diem

Uma foto da "Pensão Amor", do Cais do Sodré, com a legenda "o outrora bordel renasceu como um espaço de arte com um bar bordelo-chic", ilustra o artigo que tem hoje grande destaque no site da BBC.
A "Pensão Amor" é altamente recomendável, há nela algo de exótico e de surpreendente, difícil de descrever por palavras. Obrigatório visitar. E experienciar na primeira pessoa.
O citado artigo pode ser visto aqui.
segunda-feira, fevereiro 20, 2012
Delicioso
It´s a outlier!
Esta Freud não explicou.
O desejo de um homem
é dito com um conjunto abreviado de variáveis,
seja o anjo azul de dietrich,
a conchita bivalve de bunuel,
a volúpia de bardot, welch,
o preceito é quase unidimensional,
é carne, é sangue, com maior ou menor sublimação.
A mulher deseja que a desejem,
base de narciso, não especificamente relacional,
constante mais ou menos insondável
ao longo do caminho.
Uma bufa inoportuna, uma meia branca,
e tudo volve de novo a uma coloração indiferente.
Arruina-se a gramática desejante.
É o que conta, afinal.
It´s a outlier!
Esta Freud não explicou.
O desejo de um homem
é dito com um conjunto abreviado de variáveis,
seja o anjo azul de dietrich,
a conchita bivalve de bunuel,
a volúpia de bardot, welch,
o preceito é quase unidimensional,
é carne, é sangue, com maior ou menor sublimação.
A mulher deseja que a desejem,
base de narciso, não especificamente relacional,
constante mais ou menos insondável
ao longo do caminho.
Uma bufa inoportuna, uma meia branca,
e tudo volve de novo a uma coloração indiferente.
Arruina-se a gramática desejante.
É o que conta, afinal.
Simpaticamente roubado daqui.
terça-feira, fevereiro 07, 2012
segunda-feira, janeiro 23, 2012
terça-feira, outubro 18, 2011
quinta-feira, setembro 22, 2011
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