segunda-feira, abril 30, 2012


Carpe Diem




Guimarães Com Vida a Fazer Parte

A cidade berço transpira vanguardismo. Revela-se ao mundo enquanto cidade cosmopolita que em nada envergonha um Portugal que continua a mostrar que é capaz. Só pela forma como está limpa e arrumada vale a pena visitar a cidade que este ano assume o título de Capital Europeia da Cultura. Mas vale ainda e sobretudo por tudo o resto – pela história que emana de cada recanto cuidado da cidade, pela forma como os eventos culturais se integram nesses lugares indelevelmente ligados à nossa história, pela forma como a população está envolvida de alma e coração (e paixão) nesta iniciativa. Ou não fosse um coração o seu símbolo maior. Guimarães está de parabéns. A organização está de parabéns. Pela forma como soube aproximar uma população que parecia perdida e arredada de um projecto que é seu, que é nosso. Fazemos todos parte.

Exemplo desta bem sucedida comunhão entre a Capital Europeia da Cultura e a comunidade vimaranense (e, porque não dize-lo, portuguesa) foi a experiência de pop sinfónico proporcionada na noite do passado dia 28 de Abril pelos Expensive Soul e a Fundação Orquestra Estúdio, da qual tive o privilégio de fazer parte. Já não bastava a singularidade musical dos Expensive Soul. Já não bastava a multiculturalidade dos jovens músicos que compõem a Fundação Orquestra Estúdio. Já não bastava a presença em palco de um heterogéneo coro de duzentos habitantes de Guimarães escolhidos a dedo num casting que ficará para a história. Já não bastava o estilo inconfundível do Maestro Rui Massena. Já não bastavam os toques dos velhos Nicolinos que se juntaram ao final de festa. O resultado da fusão em palco de todas estas particulares sonoridades foi um espectáculo memorável e a prova de que Guimarães 2012 merece todo o nosso aplauso. A cidade berço transpira vida.

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