sexta-feira, janeiro 23, 2009

Carpe Diem




[O Grito, Edvard Munch, 1893]

Edvard Munch, pintor norueguês, considerado o expoente do Expressionismo nórdico, nasceu a 12 de Dezembro de 1863, em Loten, e morreu a 23 de Janeiro de 1944, em Ekely, faz hoje 65 anos. Frequentou a Escola de Artes e Ofícios de Oslo, vindo a ser influenciado por Courbet e Manet. No campo das ideias, o pensamento de Henrik Ibsen e Bjornson marcou o seu percurso inicial. A arte era considerada como uma arma destinada a lutar contra a sociedade. Os temas sociais estão assim presentes em "O Dia Seguinte" e "Puberdade" (1886).

Com "A Rapariga Doente" (Das Kränke Mädchen - 1885) inicia uma temática que surgiria como uma linha de força em todo o seu caminho artístico. Fez inúmeras variações sobre este último trabalho e os seus sentimentos sobre a doença e a morte, que tinham marcado a sua infância, assumem um significado mais vasto, transformados em imagens que deixavam transparecer a fragilidade e a transitoriedade da vida. Em Paris, descobre a obra de Van Gogh e Gauguin e indubitavelmente o seu estilo sofre grandes mudanças. Em 1892 o convite para expor em Berlim torna-se num momento crucial da sua carreira e da História da arte alemã. Inicia um projecto que intitula "O Friso da Vida".

De 1892 a 1908 volta regularmente à Noruega e absorve o pensamento simbólico de Strindberg, tentando depois exprimir através de vários meios e estilos picturais os seus sentimentos e as suas experiências sobre o amor. Em 1896, em Paris, interessa-se pela gravura, fazendo inovações nesta técnica. Os trabalhos deste período revelam uma segurança notável. Em 1914 inicia a execução do projecto para a decoração da Universidade de Oslo, usando uma linguagem simples, com motivos da tradição popular. As últimas obras pretendem ser um resumo das preocupações da sua existência: Entre o Relógio e a Cama, Auto-Retrato (1940). Toda a obra está impregnada pelas suas obsessões: a morte, a solidão, a melancolia, o terror das forças da natureza.

Fonte: Infopédia

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