segunda-feira, dezembro 29, 2008

Ecos do Pensamento



"voa coração. ou então arde."

Eugénio de Andrade

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Vida

Um Dia Branco

Dai-me um dia branco, um mar de beladona
Um movimento
Inteiro, unido, adormecido
Como um só momento

Eu quero caminhar como quem dorme
Entre países sem nome que flutuam

Imagens tão mudas
Que ao olhá-las me pareça
Que fechei os olhos

Um dia em que se possa não saber

Sophia de Mello Breyner Andersen
Lamentável



Aconteceu na Escola EB 2,3 do Cerco, no Porto.
Alunos são ouvidos hoje pelo Conselho Executivo.
A notícia aqui.

terça-feira, dezembro 23, 2008

Recordar é Viver

Fantasias de Natal...

Um verdadeiro clássico da publicidade em Portugal.

Uma forma diferente de desejar a todos os leitores do Arco da Velha um santo e feliz Natal.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Ver TV

Sobre a Benfica TV




O dia em que o Benfica se despede da edição deste ano da Taça UEFA e, consequentemente, de todas as competições europeias esta temporada (ou isso ou um milagre), é também o dia do último directo de um jogo da equipa principal de futebol no novíssimo canal do clube, a Benfica TV. Que melhor pretexto para explanar um pouco do conceito deste canal, disponível gratiutamente para os assinantes da MEO, da Portugal Telecom? Como eu...

Assistir às emissões regulares da Benfica TV constitui uma verdadeira experiência sociológica. Num tempo em que a televisão perde protagonismo para outros meios de comunicação, pode começar por referir-se que o conceito peca por ausência de inovação e atraso no tempo. O canal é "televisivamente" pobre, quer em termos de meios, quer em termos de conteúdos. Se há coisa que detesto é o parcialismo, mas já se sabia que um canal de um clube de futebol não poderia ser imparcial. Mas uma hora a discutir o anti-benfiquismo do árbitro Jorge Coroado ou duas horas a debater a grandeza do clube... Não há pachorra!! Ou será que há?

Um canal que é tão mau que consegue ser bom. Apenas um clube em Portugal poderia abraçar um projecto deste género e fazer dele um sucesso. Esse clube chama-se Spot Lisboa e Benfica. Independentemente dos sucessos desportivos da instituição desportiva, a marca Benfica vende e sempre venderá. Por isso, considero que a Direcção do Benfica está de parabéns pela concretização com o êxito visível de um anseio de sempre dos adeptos e simpatizantes benfiquistas.

Aguardo cada noite novos comentários dos chamados "especialistas em assuntos benfiquistas". Não tarda, não consigo dormir sem as boas noites do João Malheiro.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Ecos do Pensamento



"Um livro é como uma janela. Quem não o lê, é como alguém que ficou distante da janela e só pode ver uma pequena parte da paisagem."

Khalil Gibran - Poeta e Escritor Libanês

terça-feira, dezembro 16, 2008

Esses e Outros Sons

Gogol Bordello - Start Wearing Purple

Mais um som absolutamente contagiante. Os Gogol Bordello integram elementos de países como a Ucrânia, Israel, Etiópia, Estados Unidos, Equador, Rússia ou China, e podemos afirmar que encaixam como poucos na categoria "world music". O problema é que eles, pura e simplesmente, detestam esse termo. Se world music é um termo equivocado, então chamemos a música dos Gogol Bordello pelos nomes: trata-se de um verdadeiro punk-pop-cigano-performático. Ao vivo, tudo isto se traduz em nove caóticas presenças em palco, numa sonoridade difícil de definir. Mas absolutamente fácil de digerir. Uma vez mais, obrigado Vanessa, pela deliciosa sugestão musical.

Fantástico...

Mais uma verdadeira PÉROLA d' Os Contemporâneos.

De visionamento absolutamente OBRIGATÓRIO.

"Salvem os Ricos", o seu hit deste Natal...

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Sobre a Crise...

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Verdes Anos



O Panda Tao Tao

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Sobre a Crise...



[Fonte: ActivoBank7]

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Carpe Diem



Hoje o Mundo comemora o sexagésimo aniversário da proclamação da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

O primeiro artigo daquele documento, formalmente adoptado e proclamado pela Organização das Nações Unidas no dia 10 de Dezembro de 1948, tem a seguinte redacção: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”

A ideia de cidadania activa afirma-se historicamente com a expansão dos movimentos de massas e com a luta pela conquista dos direitos universais, precisamente há sessenta anos proclamados pela ONU. A cidadania, no mundo contemporâneo, prescinde da exigência dos vínculos comunitários tradicionais, não se reduz à pura afirmação da liberdade em face ao Estado, age na esfera da liberdade e pressupõe uma visão participada de cultura social e política.

Contudo, hoje como ontem, ainda não conseguimos interiorizar verdadeiramente a noção de participação cívica. Urge ensinar a comunidade a participar, dando voz ao cidadão comum, fazendo uso dos seus mais elementares direitos. Estamos definitivamente diante de um novo paradigma que engloba a busca de solução dos problemas sociais, o empenho na melhoria da qualidade de vida e a aposta nas conquistas significativas de cidadania, devidamente partilhadas.


sexta-feira, dezembro 05, 2008

Fantástico

As Aventuras de Valentintim Loureiro...

Do Arco da Velha

Depois da sátira ao Computador Magalhães, pelos Gato Fedorento, aí está mais um fantástico sketch que poderíamos encaixar na categoria "Humor dentro das quatro paredes de uma Igreja". Desta vez, os "culpados" são Os Contemporâneos.



Puro Relax



Por-do-sol eólico...

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Carpe Diem

“Não discriminação... igual a… inclusão social!"


Foi este o lema do Congresso Europeu sobre Deficiência, realizado em 2002 e que saudou a proclamação do ano de 2003 como o Ano Europeu das Pessoas com Deficiência, no sentido da necessidade de alertar a consciência da opinião pública sobre os direitos dos mais de 50 milhões de europeus com deficiência. Hoje, dia 3 de Dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, mais do que nunca, devemos assumir que os problemas das pessoas com deficiência ultrapassam as meras questões específicas de saúde, educação, transportes, barreiras arquitectónicas e outras, para se situarem no plano mais vasto dos Direitos Humanos.
A forma como o Poder e o próprio Cidadão Comum organiza a vida, as localidades, as infra-estruturas de educação e de cultura, a lógica produtiva e organizativa das empresas, marginaliza uma parte considerável da população, designadamente a população portadora de diferenças, físicas, psíquicas, ou ambas. Os cidadãos deficientes raramente têm oportunidade de assumir a sua condição de cidadãos de pleno direito.
Muitas das consciências não interiorizaram ainda que os cidadãos com deficiência têm, como os outros, direitos e deveres. Os estigmas que impendem sobre o cidadão com diferenças não foram ultrapassados, marcando ainda, de um modo geral, os comportamentos sociais. A discriminação constitui uma violação dos Direitos Humanos. Não é característica apenas de países ditos menos desenvolvidos, mora no espírito do Homem, no mais íntimo da sua consciência.

Toda a reflexão.
Directo à Questão.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Directo à Questão

Menos Filhos e Mais Tarde: Uma reflexão sobre os números da natalidade em Portugal

Os jovens portugueses são cada vez menos, casam mais tarde e têm menos filhos, e ainda em idades mais tardias. Cerca de metade das crianças que nascem anualmente no nosso país têm mães com mais de 30 anos. Os números oficiais demonstram que as mulheres portuguesas estão a optar por ter as crianças mais tarde e depois de prestarem provas no campo profissional. E revelam ainda que o tão apregoado "relógio biológico" tem uma carga horária muito ampla, nem que para isso seja necessário recorrer à ajuda da medicina.
Simultaneamente, é possível constatar um significativo decréscimo de natalidade nas idades mais jovens, atingindo valores claramente abaixo dos 10% nos grupos etários entre os 20 e 24 anos e entre os 25 e os 29 anos.
No entanto, independentemente da faixa etária das mães, os números globais da natalidade em Portugal continuam particularmente baixos. Segundo o Instituto Nacional de Estatística nascem pouco mais de 100 mil crianças por ano, valores que se aproximam dos registados em meados da década de noventa. E são as mulheres com mais de 30 anos que impedem que o índice de fecundidade seja ainda mais baixo do que os actuais 1.4, o número de filhos por mulher em idade fértil.
Não obstante estarmos perante um modelo sócio-demográfico caracterizado por uma nupcialidade cada vez mais tardia, o casamento continua, efectivamente, a constituir a solução de conjugalidade mais frequente entre jovens portugueses, realça o relatório «Jovens em Portugal», uma análise do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa através de dados estatísticos desde 1960.
Os jovens portugueses permanecem actualmente mais tempo na escola e entram mais tarde no mercado de trabalho do que há 30 anos, prolongando o período em que dependem economicamente da família de origem, refere o referido relatório «Jovens em Portugal». Nos últimos 30 anos, o analfabetismo juvenil foi praticamente erradicado e a frequência dos níveis mais elevados de ensino dobrou de década para década, verificando-se um alargamento progressivo da idade média de permanência na escola.
Num passado não muito longínquo, ter filhos tardios era algo criticado socialmente e que decorria, muitas vezes, da falta informação das mulheres, coincidindo com a fase de pré-menopausa. Actualmente, as gravidezes tardias chegam mesmo a ser incentivadas, constituindo uma opção de mulheres com capital profissional e educacional. O maior investimento das mulheres no mercado de trabalho e as ainda prementes dificuldades em conseguir uma ampla conciliação entre o trabalho e a família parecem contribuir decisivamente para os números em análise. No entanto, a crise económica e financeira que o mundo atravessa só vem agudizar ainda mais as dificuldades dos casais portugueses, contribuindo para esta tendência de diminuição do número de filhos.
Todas estas modificações de âmbito mais macro, obrigam a novas respostas que possibilitem a transformação do problema dos números da natalidade em Portugal num aliciante desafio. Trata-se de uma necessária adequação a uma realidade que evolui constantementeem função de dinâmicas demográficas e socio-económicas, de alterações de política social e do desenvolvimento global.

Reflexão também publicada aqui.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Esses e Outros Sons

Ranking Best of 2008

A minha selecção dos melhores temas que soaram em 2008:

1. Coldplay – Viva La Vida



2. Alicia Keys – No One

3. Gabriela Cilmi – Sweet About Me

4. Nneka – Heartbeat

5. Deolinda – Fon-fon-fon

6. Linkin Park – Shadow Of The Day

7. Vampire Weekend – Oxford Comma

8. Duffy – Mercy

9. Katie Melua – If You Were a Sailboat

10. Os Pontos Negros – Conto De Fadas De Sintra A Lisboa

11. Perfume & Rui Veloso – Intervalo


12. Brandi Carlile – The Story

13. Plain White T’s – Hey There Delilah

14. Ana Free – In My Place

15. The Script – The Man That Can’t Be Moved

16. Yael Naim – New Soul

17. Mesa – Boca do Mundo

18. Jason Mraz - I'm Yours

terça-feira, novembro 25, 2008

E o Paraíso Aqui Tão Perto...



Puros contrastes de cor à vista da janela do meu local de trabalho numa outonal tarde de Novembro...

terça-feira, novembro 18, 2008

"Desconcertarte"


Paula Rego, A Mulher dos Bolos (2004)