quarta-feira, dezembro 31, 2008
terça-feira, dezembro 30, 2008
Natal Universal
[in O Cedro]
Imagens do Natal da Unidade de Engenharia n.º5 do contingente português estacionado em Shama, no sul do Líbano. Com um total de 141 militares, o contingente português está integrado na Força Internacional das Nações Unidas (UNIFIL). Foi assim que os nossos militares festejaram a época, tentando esbater a distância de terras lusas. Nada faltou, nem o tradicional bolo-rei, confeccionado especialmente para a ocasião.
Numa especial homenagem a alguém que merece todos os "mimos" nesta quadra.
segunda-feira, dezembro 29, 2008
A Arte da Conversa
"gosto de companhia, gosto de tagarelar e que tagarelem comigo.
adoro deixar-me ficar sentado à volta de uma mesa e de me deixar envolver de tal forma no momento, que perco a noção do tempo. até alguém dizer, com supresa: já são duas!!
mas em que consiste uma boa conversa?
não se trata, com toda a certeza de se exibir ou de gritar mais alto do que os outros. há quem fale e não ouça. outros ouvem sem falar. todos são igualmente irritantes.
o grande conversador consegue fazer as duas coisas em partes iguais.
na conversa as ideias surgem e são embelezadas, melhoradas, contraditas ou desfeitas pelo grupo que se reuniu. os amigos vão arranjar anedotas que confirmem ou neguem uma ideia.
infelizmente, o amor pela conversa é demonizado por uma sociedade que valoriza a acção acima de tudo: não fales, faz! é o mantra dos nossos tempos. ao que eu respondo: não faças, fala sobre o assunto.
se vale a pena fazer aquilo sobre que se conversa então, a devido tempo, será feito. mas a conversa sobre o assunto é o melhor bocado, a excitação de engendrar intrigas e congeminar esquemas. a conversa, o bocado antes da realidade, antes da consciência de que será necessário algum trabalho real para fazer essa coisa acontecer, quando as possibilidades são infinitas..."
[Excerto da obra 'Os Prazeres do Ócio', de Tom Hodgkinson]
Gentilmente sacado daqui.
sexta-feira, dezembro 26, 2008
Um Dia Branco
Dai-me um dia branco, um mar de beladona
Um movimento
Inteiro, unido, adormecido
Como um só momento
Eu quero caminhar como quem dorme
Entre países sem nome que flutuam
Imagens tão mudas
Que ao olhá-las me pareça
Que fechei os olhos
Um dia em que se possa não saber
Sophia de Mello Breyner Andersen
terça-feira, dezembro 23, 2008
quinta-feira, dezembro 18, 2008
Sobre a Benfica TV
Um canal que é tão mau que consegue ser bom. Apenas um clube em Portugal poderia abraçar um projecto deste género e fazer dele um sucesso. Esse clube chama-se Spot Lisboa e Benfica. Independentemente dos sucessos desportivos da instituição desportiva, a marca Benfica vende e sempre venderá. Por isso, considero que a Direcção do Benfica está de parabéns pela concretização com o êxito visível de um anseio de sempre dos adeptos e simpatizantes benfiquistas.
Aguardo cada noite novos comentários dos chamados "especialistas em assuntos benfiquistas". Não tarda, não consigo dormir sem as boas noites do João Malheiro.
quarta-feira, dezembro 17, 2008
"Um livro é como uma janela. Quem não o lê, é como alguém que ficou distante da janela e só pode ver uma pequena parte da paisagem."
Khalil Gibran - Poeta e Escritor Libanês
terça-feira, dezembro 16, 2008
Esses e Outros Sons
Gogol Bordello - Start Wearing Purple
Mais um som absolutamente contagiante. Os Gogol Bordello integram elementos de países como a Ucrânia, Israel, Etiópia, Estados Unidos, Equador, Rússia ou China, e podemos afirmar que encaixam como poucos na categoria "world music". O problema é que eles, pura e simplesmente, detestam esse termo. Se world music é um termo equivocado, então chamemos a música dos Gogol Bordello pelos nomes: trata-se de um verdadeiro punk-pop-cigano-performático. Ao vivo, tudo isto se traduz em nove caóticas presenças em palco, numa sonoridade difícil de definir. Mas absolutamente fácil de digerir. Uma vez mais, obrigado Vanessa, pela deliciosa sugestão musical.
segunda-feira, dezembro 15, 2008
sexta-feira, dezembro 12, 2008
quinta-feira, dezembro 11, 2008
quarta-feira, dezembro 10, 2008
O primeiro artigo daquele documento, formalmente adoptado e proclamado pela Organização das Nações Unidas no dia 10 de Dezembro de 1948, tem a seguinte redacção: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
A ideia de cidadania activa afirma-se historicamente com a expansão dos movimentos de massas e com a luta pela conquista dos direitos universais, precisamente há sessenta anos proclamados pela ONU. A cidadania, no mundo contemporâneo, prescinde da exigência dos vínculos comunitários tradicionais, não se reduz à pura afirmação da liberdade em face ao Estado, age na esfera da liberdade e pressupõe uma visão participada de cultura social e política.
Contudo, hoje como ontem, ainda não conseguimos interiorizar verdadeiramente a noção de participação cívica. Urge ensinar a comunidade a participar, dando voz ao cidadão comum, fazendo uso dos seus mais elementares direitos. Estamos definitivamente diante de um novo paradigma que engloba a busca de solução dos problemas sociais, o empenho na melhoria da qualidade de vida e a aposta nas conquistas significativas de cidadania, devidamente partilhadas.
sexta-feira, dezembro 05, 2008
quarta-feira, dezembro 03, 2008
“Não discriminação... igual a… inclusão social!"
Foi este o lema do Congresso Europeu sobre Deficiência, realizado em 2002 e que saudou a proclamação do ano de 2003 como o Ano Europeu das Pessoas com Deficiência, no sentido da necessidade de alertar a consciência da opinião pública sobre os direitos dos mais de 50 milhões de europeus com deficiência. Hoje, dia 3 de Dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, mais do que nunca, devemos assumir que os problemas das pessoas com deficiência ultrapassam as meras questões específicas de saúde, educação, transportes, barreiras arquitectónicas e outras, para se situarem no plano mais vasto dos Direitos Humanos.
A forma como o Poder e o próprio Cidadão Comum organiza a vida, as localidades, as infra-estruturas de educação e de cultura, a lógica produtiva e organizativa das empresas, marginaliza uma parte considerável da população, designadamente a população portadora de diferenças, físicas, psíquicas, ou ambas. Os cidadãos deficientes raramente têm oportunidade de assumir a sua condição de cidadãos de pleno direito.
Muitas das consciências não interiorizaram ainda que os cidadãos com deficiência têm, como os outros, direitos e deveres. Os estigmas que impendem sobre o cidadão com diferenças não foram ultrapassados, marcando ainda, de um modo geral, os comportamentos sociais. A discriminação constitui uma violação dos Direitos Humanos. Não é característica apenas de países ditos menos desenvolvidos, mora no espírito do Homem, no mais íntimo da sua consciência.
Toda a reflexão. Directo à Questão.