sexta-feira, setembro 28, 2007
quarta-feira, setembro 26, 2007
Silent Magic Words
Dream on Girl
Dream on girl, Dream on girl
I want to see you sleep tonight
You’re up and down
You hit the ground
And time is drifting trough your fears
I can’t find your dreams tonight
And make your lover come back home
If you don’t know, you are on your own
I’ll choose the best days for your sleep
Come back to see the day you lost your heart
And odd your hopes
I’ll take you to see the sunrise and try to catch your ghost
Come on girl, a dream is your world
The sins you see are in your mind
The words that you speak are here in my ear
So I can hear you falling down
Take a breath to see me
I can wait for you to
Live your live with no hopes but
If you still believe…
Come back to see the day you lost your heart
And odd your hopes
I’ll take you to see the sunrise and try to catch your ghost
terça-feira, setembro 25, 2007
É Proibido Pensar
“Confrontado com o meu desespero face à tirania do barulho, um amigo aconselhou-me a efectuar uma imersão intensiva na televisão portuguesa como uma experiência antropológica. Tentando, dispus-me – até pela impossibilidade de alternativa - a ver os programas da manhã e da tarde (…). E descobri que se organizam de acordo com uma lei implícita, segundo a qual o que importa é dizer o que quer que seja, desde que em tom entusiasta, acompanhado de expansiva linguagem corporal e sorriso radioso no rosto. Sendo os apresentadores, na sua maioria, gente nova e agradável à vista, parecem envolvidos num qualquer concurso oculto em que ganha quem falar mais alto, de forma mais exagerada ou estridente. Os convidados parecem escolhidos pela sua quase generalizada irrelevância e estão atentos à «proibição» de falar de temas «chatos» (conceito em que se engloba tudo quanto é da esfera político-social) ou deprimentes (a não ser através dos «casos da vida», invariavelmente bem sucedidos, que comunicam edificantes mensagens «de amor e coragem»).
(…) As inefáveis prestações musicais, dominadas pela música pimba ou por grupelhos pseudomodernos, obedecem ao mesmo critério: canta bem quem mais «puxa» pela voz, mais exacerba o grito, mais sua e mais comovido parece. Mas o cúmulo da estridência oca é ocupado, sem sombra de dúvida, pelos sketches cómicos que integram estes programas. Tipicamente, um senhor vestido de mulher, em paródia preconceituosa e de mau gosto aos homossexuais e transsexuais, acha que tem piada por falar alto e com voz de falsete, fazer afirmações de sentido dúbio e pontuar as frases com «ai, filha» ou «ó rica». Neste contexto, e para que vejam onde cheguei, confesso que os episódios, que tive pela primeira vez oportunidade de ver, dos Morangos com Açúcar me pareceram uma coisa muito tolerável, pelo menos com alguma organização narrativa, sequência lógica e um pouco menos de estridência sonora”.
Carla Machado, Professora Universitária, in Público, 9 Agosto 2007
Nota do Autor do Blogue: Como eu a percebo, Carla… Também actualmente a televisão é uma das minhas principais fontes de entretenimento e companhia diárias. Contudo, apesar do meu actual estado de dependência televisiva, acho que não conseguiria sujeitar-me a uma experiência antropológica tão vil e cruel. Embora assuma: Sim… Eu ultimamente espreitei algumas vezes «As Tardes da Júlia». E quem não o fez?
sexta-feira, setembro 14, 2007
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias. Difícil é encontrar e reflectir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado. Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais...
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar. Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar. Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer "oi" ou "como vai'? Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados. Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado. Difícil é amar completamente só. Amar de verdade,sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir música que toca. Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras. Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber. Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo. Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida. Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica. Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho...
Carlos Drummond de Andrade