sexta-feira, agosto 28, 2009

Cinemacção

Ora aí estão dois filmes que eu quero mesmo (mas mesmo) muito ver...



SYNECDOCHE, NEW YORK



Inglourious Basterds

Verdes Anos

Godzilla

terça-feira, agosto 25, 2009

Fantástico

Sal, o Tempero da Vida



Em "Itinerário do Sal", o autor, actor e músico Miguel Azguime enche o palco numa genial performance interpretativa entre a palavra dita e o som ouvido. "Itinerário do Sal" apresenta-se ao público como uma “reflexão sobre a Criação e a Loucura, que gira em torno da linguagem, da palavra-sentido e da palavra-som; ambas tratadas como dimensões da voz, da voz enquanto extensão do corpo e ambas totalmente integradas na construção cénica como projecção tangível da ressonância das palavras através do som e da imagem".

O Itinerário que é proposto ao espectador questiona a ausência do próprio autor enquanto desdobramento e deslocação da sua personalidade criadora, colocando em cena a própria cena. Inevitavelmente idiossincrático, o espectáculo gira em torno do sentido das palavras e dos sons, que é ele próprio o sentido de tudo. Por isso ambicioso. Por isso inacabado. Sempre inacabado.

O sal, o tempero da vida, dá-lhe esse toque quasi-final, condimentando esta mistura verdadeiramente explosiva de linguagens, imagens, emoções, gestos e posturas. Entre a poesia sonora, o teatro musical e a arte performativa, "Itinerário do Sal" constitui um perturbante exercício de estilo que não deixa - nunca... - (nem sabe deixar) o espectador indiferente.

Com 20 anos de existência e mais de 400 concertos realizados, o Miso Ensemble é hoje amplamente reconhecido pela crítica e pelo público como o mais original, o mais criativo e o mais inovador dos agrupamentos portugueses de música contemporânea. Premiado no concurso Music Theatre NOW Berlim, em 2008, na categoria "Other Forms Beyond", o "Itinerário do Sal" parece o culminar de um projecto construído em cada dia da vida deste conceituado grupo.

Podia ter sido em Lisboa, em Viena ou até em Berlim, mas foi na Sertã que conheci esta obra-prima. Naquela que foi a primeira aparição deste espectáculo fora dos grandes palcos dos grandes centros urbanos (nacionais e internacionais), a Casa da Cultura da Sertã recebeu no passado dia 22 de Agosto um dos mais marcantes eventos que alguma vez passaram pela vila sertaginense. Os vinte minutos que o performer dedicou ao reduzido - mas interessado - público no final da frenética actuação, constituiram a prova da humildade e da grandeza do tal autor que se ausenta em busca da criação no meio do silêncio. Foi o sal do espectáculo.

terça-feira, agosto 18, 2009

Lusos Encantos



Ilha do Pico, Açores

quinta-feira, agosto 13, 2009

Verdes Anos


Conan, O Rapaz do Futuro

quarta-feira, agosto 05, 2009

Directo à Questão

Os Açores, uma janela de oportunidade para o turismo em Portugal

De visita ao Arquipélago dos Açores, constatei que afinal ainda existe um pedaço de Portugal que preserva o que de mais belo existe na natureza e nos costumes do nosso povo.
À beleza natural das suas nove ilhas, onde o exuberante verde da paisagem contrasta com o extasiante azul do mar que as rodeia, juntamos as vincadas tradições e costumes populares e a hospitalidade daquela gente. O resultado é um ambiente calmo e tranquilo, uma envolvência mágica e retemperante, uma paz e serenidade avassaladoras.
Perdidas no Atlântico, cada uma das ilhas açorianas marca pelas suas particularidades, constituindo, cada qual à sua maneira, um espaço de beleza singular que se demarca de todos os restantes. Das arrebatadoras lagoas de São Miguel ao verde único das Flores, passando pelo esplendor da montanha do Pico e pelo impressionante Vulcão dos Capelinhos, no Faial, a prova viva de que aquelas terras basálticas continuam bem activas e se constroem e reconstroem naturalmente a cada segundo que passa.
Pela sua particular singularidade, destaco aqui as Fajãs, características da ilha de São Jorge, superfícies planas que se prolongam pelo mar, provenientes de abatimentos da falésia. Muitas delas convertidas em férteis pomares e em ricos campos de cultivo, graças a um microclima muito próprio, marcam pela forma majestosa como se impõem na paisagem e pelo facto de constituírem a manifestação extrema da forma como os Açores mantém intacto o que de melhor existe na natureza. Na sua grande maioria inacessíveis de carro, privadas de rede telefónica e mesmo de electricidade, chegar às Fajãs proporciona ainda agradáveis percursos pedestres, que permitem desfrutar destes locais no seu máximo esplendor.
Por tudo isto e muito mais, os Açores são mesmo um local de visita obrigatória. Por acaso sabia que a grande maioria das paisagens que vê nos spots publicitários que divulgam o turismo em Portugal são paisagens açorianas?
Então porque é que o mundo não conhece estas paradisíacas ilhas? Pior, porque é que mesmo a grande maioria dos portugueses não conhece os Açores? Talvez porque continua a ser um destino pouco divulgado. Talvez porque tem apostado pouco na criação de condições para o acolhimento e exploração turísticas. Também como consequência destas, talvez porque continua a ser um destino caro.
Presos ao passado, durante muitos anos fechados ao mundo, os Açores continuam a não explorar devidamente aquele que é o seu maior potencial de desenvolvimento: o turismo. O turismo de aventura, aproveitando os fantásticos recursos naturais, por exemplo para o montanhismo, o surf ou as caminhadas. O turismo rural, aproveitando a hospitalidade das gentes e as deslumbrantes paisagens. O eno-turismo, aproveitando a qualidade da produção vínica, de que são expoente máximo os néctares produzidos nas vinhas do Pico, classificadas Património da Humanidade pela UNESCO. Isto apenas para citar alguns exemplos.
Os Açores constituem, pois, com toda a certeza, uma verdadeira janela de oportunidade para o turismo em Portugal. No entanto, todo o potencial turístico daquele arquipélago deve ser explorado sempre tendo em conta a preservação das nobres tradições daquele povo e do harmonioso convívio entre natureza e ser humano, precisamente os seus principais pontos fortes em termos de potencial turístico. Para bem da economia local e nacional, urge abrir os Açores ao mundo, sem perder o que neles existe de mais belo. E não é pouco.
A nossa Atlântida, tão perto e por vezes tão longe.